Agora são 19h34min de terça-feira, e meu coração está apertado, pura e simplesmente por causa do dispensável e desnecessário futebol. Podia até chorar, mas não chorei. O Brasil perdeu e até agora não entendo como isso aconteceu. Eu vi jogadores aos prantos e muitos tentando ser fortes naquele momento difícil. Torcedores do mesmo jeito. Todos desamparados pelo inesperado.
Neste momento, não estou afim de ler mais nada, nenhum texto, só esvaziar a cabeça e... Sei lá. O gosto amargo dessa derrota até parece um chiclé de tutti-fruti vencido. Quem diria que o país da Copa seria o mesmo da humilhação. Humilhando por um nação que é melhor na saúde, na educação e agora no futebol. Algo está errado!
Nós somos o país do futebol, somos os pentacampeões mundiais, o país do Pelé, os rivais da Argentina, temos a seleção que abrigou as pernas tortas de Garrincha, os golaços de falta do Zico, o brilho quase inesgotável de Ronaldinho Gaúcho dentro de campo, as defesas de Taffarel, uma equipe que teve Nilton Santos, Bebeto, Branco, Rivelino, Djalma Santos, Sócrates, Tostão, Romário, Ronaldo, Jairzinho, Falcão, Carlos Alberto Torres, Leônidas, Didi, Careca e tantos outros vencedores como Cafu e Roberto Carlos - que ainda está arrumando as meias, mas agora na televisão.
O problema de perder não é o simples fato de perder. É se sentir derrotado por completo. Perdi no futebol, mas perco há anos na educação para países que nem sequer disputam uma Copa do Mundo. E as pessoas ainda me perguntam "o que a nossa educação tem a ver com o futebol?"
Tem a ver com o fato de eu ser BRASILEIRO. Não sou torcedor do Brasil só na hora da bola. Sou azul, branco, verde e amarelo em todos os aspectos. Do mesmo jeito que o futebol está representado por essas cores, a educação também está, a saúde do mesmo jeito, a política, as obras inacabadas que foram esquecidas e toda a nossa bela cultura. Isso representa a nossa pátria. Torço para o Brasil em todos esses grandes detalhes. Choro quando a minha seleção perde, mas me lamento todos os dias pela nossa nação que está longe da perfeição. O futebol passa, a goleada passa, a derrota passa, porém, o nosso subdesenvolvimento fica e se arrasta há muitos anos.
E daí? E daí que minha nação está representada nas quatro cores da bandeira, e em tudo que envolve os estados, representados por 27 estrelas que deveriam brilhar muito mais que as 5 que temos estampadas em nossa camiseta canarinho.
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