19 de janeiro de 2015

Geração regressão

Desde 1883, de períodos em períodos, temos uma atualização de nomenclatura de gerações. Tudo começou com a "Geração Perdida", partindo para a "Geração Grandiosa" no início do século XX, logo depois a "Geração Silenciosa", a "Baby Boom", "Geração X", "Geração Y" e a "Geração Z" - que integra as pessoas nascidas nos anos 90 até 2010. E durante todos esses anos tivemos a cultivação/criação de uma nova geração, que talvez não estava prevista nem no calendário Maia, a "Geração Regressão".
"Geração Regressão" é aquela que ainda não deu certo, porquê só consegue colher as coisas ruins de cada situação e não aproveita a melhor parte das coisas. São aqueles que no início do fundamental já estão matando aula e dizendo que estudar não é importante, e que não conseguem selecionar e se espelhar nos principais pontos positivos dos pais. Jovenzinhos de 11 ou 12 anos que competem na hora do recreio para ver quem consegue beijar mais menininhas.
Muitos podem dizer que isso é uma questão de liberdade, eu prefiro dizer que é uma questão de futuro. Se cada pequena atitude dessas não for reprimida, o jovem de hoje e do futuro vai virar um alojamento lotado de pequenos defeitos. E não queremos isso.
Outro grande problema é que o que hoje é considerado a "Geração Z", da comunicação, da conectividade e das tecnologias, não desfruta isso da melhor forma possível. E por incrível que pareça, são as pessoas nascidas no final dos anos 70, nos anos 80 e início dos anos 90 que mais aproveitam e de maneira mais inteligente e consciente esse tipo de ferramenta e oportunidade. E isso vai desde pesquisas simples na internet até conversas e grupos no Whats App.
Isso não significa apenas que nós estejamos sendo mal instruídos. Também mostra que falta valorização da minha geração pelas conquistas. E não apenas da minha geração, principalmente dessa nova que está chegando ou que ainda vai tardar um pouco a vir e que eu tenho medo que se torne conformada em ser a "Geração Regressão".
A questão principal, porém, não é a de que os mais novos não aproveitam tudo que a sociedade traz de positivo. O fato importante de destacar é que os jovens são influenciados por aqueles que vêm antes deles. Então se eu passar a minha vida toda afirmando que todos os políticos são corruptos, meu filho e as crianças ao redor dele também vão pensar assim e cada vez mais vamos ter menos pessoas ativas, participativas e interessadas em saber como funciona a política, e todos sem a esperança de mudança.
Então a "Geração Regressão" continuará sendo a mais descontraída. Aquela que faz rir na escola, faz rir no curso de inglês, faz rir no trabalho e nas praças. Porém, o ato de rir se associa ao palhaço. E o problema desse tipo de palhaço é que os outros vão ficar para sempre rindo dele, mas não com ele.

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