Sabe, eu costumo ler bastante. No segundo semestre de 2015 devorei uma ou duas coleções diferentes de livros, mais uma quantidade considerável de trabalhos do escritor John Green, entre outros. E o que isso tem a ver com o título de hoje? Praticamente nada. A única semelhança é o "O lado bom da Vida", livro de Matthew Quick, que eu terminei de ler nesta semana e, inclusive, virou filme.
O livro conta a história de Pet Peoples, separado da mulher e com transtornos mentais, ficou anos internado em uma clínica de reabilitação e quando saiu realmente não conseguiu viver uma vida exatamente normal. Porém, não é sobre ele, o personagem principal da história, que eu quero falar.
Quero falar sobre Tommy, ex-marido de Tiffany, que é uma das únicas amigas de Peoples. Tommy era um bom policial e uma boa pessoa. Ele era o tipo de cara - pelo o que conta Tiffany - que ajudaria uma senhora a atravessar a rua no trânsito de São Paulo, mesmo estando atrasado para o trabalho - claro, contou com outras palavras. Tommy trabalhava metade de seu expediente com jovens em uma escola e a outra metade como um "policial normal", nas ruas. E resolveu criar um grupo para conscientizar jovens a não beberem e dirigirem. E um dia Tommy morreu atropelado por um homem bêbado enquanto ajudava uma senhora parada na beira da estrada com o carro enguiçado.
"É triste", me disse alguém que dizia estar triste.
A história de Tommy é uma ficção dentro de outra, mas com certeza temos histórias parecidas, ou até piores, no dia a dia não fictício. O que eu realmente quero dizer não é que você vai acabar sofrendo pelas coisas boas que já fez, mas que pessoas boas também irão sofrer, e o que faz delas melhores não é o fato de simplesmente aguentarem o sofrimento e, sim, pensarem e se importarem com o sofrimento dos outros enquanto elas mesmas também estão sofrendo.
Sabe, talvez a pessoa que citei antes no texto realmente estivesse triste, quem sabe até mais do que qualquer um que "conhecia" Tommy. Mas, afinal, quem se importa com isso?
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