2 de dezembro de 2013

Tua Sombra

Escrever por escrever é como jogar futebol sem bola, ou falar a verdade como se fosse uma simples mentira, simplesmente para não ter a responsabilidade de explicar porque isso é isso, ou aquilo é aquilo. Sem versos, prozas e rimas, sem fato, verdade ou mentira, sem ritmo, crítica ou elogio, sem vida, sentimento e verdade. São simplesmente palavras jogadas ao vento com um motivo ridículo, simplesmente escrever, escrever, escrever e chamar a atenção.
(Sobre isso)Pirei nas palavras erradas de um poeta que insistia em não transmitir a energia em seus poemas, afinal, quem é esse poeta? Poético seria dizer que este é o poeta da mentira, mas prefiro dizer que ele apenas não expressa a verdade. Muito poético. Repetindo expressões, palavras ou insinuando sempre as mesmas coisas. Incrível como alguém podia odiar tanto nosso mundo (e a mim).
Estive caminhando pela rua e tive a infelicidade de tropeçar em uma pedra pequena, pequena como a cabeça desse poeta, que todo o dia vejo refletido no espelho de minha casa. Não, este poeta não sou eu, mas ele vive me perseguindo e odiando meu trabalho, mesmo que nunca tenha lido um texto meu. Parece uma sombra minha, uma sombra negra, escura, degradê, branca ou sei lá. É uma sombra ruim, péssima, ridícula e que cada vez me estressa menos.

Descobri o nome deste poeta (sombra): INVEJA!
Mais difícil é fazer você entender que eu não sou o poeta (sombra) e nem a pessoa perseguida. Mas sou o único que conseguiu expressar exatamente o que você já sentiu pelo menos uma vez na sua vida. É ruim se sentir perseguido, observado e invejado, certo? Então não faça o mesmo.

Coluna "Vozes de um garoto" da Folha Popular de sábado, dia 30 de novembro. Escrita por Deivid Rafael Tirp.

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