Eu diria que a combinação entre esses dois fatores seria muito mais importante do que focar em apenas uma possibilidade. Abrir mão dos bueiros, devido ao nível alto de educação, não é inteligente. Do mesmo jeito que abrir mão da educação, pelo grande número de bueiros na cidade, também não serve.
A educação
"Para que serve essa grade no meio da rua? Acho que é para colocar o lixo dentro". Imagino que seja assim que muitas pessoas pensam, pelo menos as situações parecem comprovar a existência desse tipo de pensamento.
Imagine você caminhando em um dia de chuva forte, quando vê o único bueiro da esquina da sua casa tapado por um volumoso saco de lixo, enquanto a água subia rapidamente sobre a calçada e ia em direção à sua casa e a de muitos vizinhos. A situação aponta que o saco de lixo é culpado e deveria ser punido, certo? Óbvio que essa só foi uma afirmação irônica, pois nós crescemos aprendendo que os sacos de lixo não têm perna, muito menos raciocínio. Então, a lógica aponta que alguém foi irresponsável o suficiente para deixar aquele grande saco de lixo em um lugar que não era adequado.
Aí amigo(a), não adianta ligar nem para o céu para reclamar da chuva. A culpa é de um humano e é para ele que você deve ligar. Ou faça melhor, denuncie a atitude daqueles que não se importam com a natureza, pois a próxima casa a ser inundada pode ser a sua. Aproveite para se reeducar e não participar de um crime ambiental.
O bueiro
Desnecessário dizer que todas cidades precisam de uma boa estrutura para suportar um temporal repentino ou uma chuva em grande escala, sem correr o risco de registrar uma abundância de danos no dia seguinte. Estamos cercados por estradas asfaltadas, e os planos de escoamento de água são necessários para que ninguém morra afogado enquanto caminha na calçada.
Bueiros ou bocas de lobo foram criados para que a maior parte da água das chuvas não acumule nas ruas, mas um bueiro menor que a palma da minha mão não vai adiantar muito, ainda mais se for o único encontrado em uma quadra inteira.
A obviedade eu já falei. Precisamos de mais bueiros, bocas de lobo e formas diferentes de escoamento de água dentro das cidades. Ou então, teremos que nos retrancar em altos apartamendos para fugir das chuvas mais fortes e dos frenquentes alagamentos. Se isso não for feito, é melhor começarmos a construção de mais uma arca, como a de Noé.
Coluna "Vozes de um Garoto" do sábado, dia 1º de março, na Folha Popular.
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