O ano em que os ovos de Páscoa são proibidos de figurarem nas prateleiras por, supostamente, incitarem a discriminação entre crianças e adolescentes - alguns chamam de bullying -, e não por serem muitos caros e incitarem o roubo. Ou por engarem as crianças que acreditam em coelhinho. Ou por ameaçarem o conhecimento e a importância da história de Jesus Cristo.
Estamos em 2014, o ano que o "Passe Livre" não é livre. Ano que o governador de um Estado valoriza apenas a capital e exclui o interior. Engraçado, isso me parece discriminação, mas não é o que importa. E as cidades que encheram de expectativa os seus moradores, o que farão agora? Não gosto de dizer isso, mas eu avisei.
2014 é o ano. O ano que até o estupro tem motivo, segundo os próprios brasileiros. Diz aí, quem gostaria de ser estuprado? Minha pergunta é forte, mas é fato que os próprios brasileiros justificam um ato que há anos assola a sociedade.
O nosso 2014 tem Copa do Mundo e pouca educação. Estádios e escolas inacabados. Alunos querendo olhar o futebol e esquecendo os livros e cadernos dentro da mochila. Jogadores ganhando milhões para fazerem o que gostam e pessoas cada vez mais distantes da educação de qualidade. Às vezes, porque parecem não se importar com isso e por outras pessoas também não se importarem.
Estamos em um período onde as pessoas protestam pelo aumento da tarifa na passagem de ônibus, mas ninguém se pronuncia sobre as escolas que são queimadas pelos próprios alunos em muitas cidades do Brasil. E nunca sabemos porque o nosso nível educacional é tão baixo. Simples, poucos ainda se importam com as escolas. Alunos odeiam professores e vice-versa.
Eu cansei de falar de protestos, por isso eu digo que quero melhoras. Não que apenas a minha vida melhore, quero que o país evolua. Sei que tudo não acontece de uma hora para outra, talvez demorem 60 ou 70 anos, quando talvez eu não esteja mais aqui, mas alguém vai estar e nessa pessoa eu também preciso pensar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário